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Sons e Sonidos Eldorado Interseções Latinas


Festival reuniu expoentes da música brasileira e latinoamericana em encontros de 9 de março a 6 de abril no Bourbon Street em S.Paulo. Entre as atrações, o grupo argentino Tango Crash, o bandolinista Hamilton de Holanda, o baterista portenho Santiago Vazquez, o violonista Heraldo do Monte, o pianista Gonzalo Rubalcaba, o saxofonista e clarinetista Paulo Moura, o pianista argentino Adrián Iaies, o violonista Yamandú Costa e os argentinos do Tanghetto.

Diversas vertentes da música latino-americana têm um encontro marcado a partir de março. Em sua primeira edição, o Festival Sons & Sonidos Eldorado – Interseções Latinas, com patrocínio da Volkswagen e Visa via Lei Rouanet, reunirá alguns dos principais nomes da cena musical do continente em duetos inéditos. Com produção da Mondo Entretenimento e realização da Móbile Cultural e curadoria do músico e produtor João Erbetta, o festival levará para o palco do Bourbon Street, em São Paulo, a cada noite, um artista brasileiro e um latino-americano, durante cinco semanas, sempre às segundas-feiras.

O evento estréia no dia 9 de março apresentando o electrotango do grupo argentino Tango Crash e a originalidade do bandolinista virtuose Hamilton de Holanda. No dia 16 é a vez do universo rítmico do percussionista e baterista portenho Santiago Vazquez encontrar o som de acento regional do violonista Heraldo do Monte. Um dos ícones da música cubana, o pianista Gonzalo Rubalcaba, divide a noite de 23 de março com outro gigante da música instrumental, o saxofonista e clarinetista Paulo Moura. A técnica apurada é a marca da noite de 30 de março, com as apresentações do pianista argentino Adrián Iaies e do violonista Yamandú Costa. E para encerrar a primeira edição do projeto, no dia 6 de abril, os argentinos do Tanghetto e os brasileiros da Banda Mantiqueira mostram como é possível reinventar estilos tradicionais sem abrir mão de suas raízes musicais.

Tango Crash

Em 1987, o pianista Daniel Almada e o baixista Martin Iannaccone formaram um duo, dando início ao que mais tarde se tornaria o Tango Crash, resultado da fusão do tango tradicional com elementos da música eletrônica. O duo acabou em 1989, quando Almada se mudou para a Suíça, mas os dois continuaram a colaborar à distância. Finalmente em 2001, Iannaccone viaja para Europa, onde novamente reunidos realizam alguns concertos. No final de 2002, surge o Tango Crash, que recebe a colaboração de outros músicos como o baterista Gregor Hilbe e o percussionista Marcio Doctor. O primeiro disco, que leva o nome do grupo, foi lançado em 2003 e bem recebido pela crítica especializada. Seguiu-se ‘Otra Sanata’, em 2005. O trabalho mais recente é ‘Bailá querida’, de 2008.

Hamilton de Holanda

Reinventor do tradicional bandolim, ao qual acrescentou mais duas cordas às oito tradicionais, Hamilton de Holanda é um virtuose do instrumento, no qual ritmos e estilos tão diversos como o choro, jazz, samba, pop e rock se fundem para reafirmar seu lema preferido: moderno é tradição. Com seu quinteto, formado por Daniel Santiago (violão), André Vasconcellos (baixo) Gabriel Grossi (harmônica) e Márcio Bahia (bateria), ou tocando em outras formações, o músico se consolidou como um dos grandes nomes da música instrumental brasileira, reconhecido pela crítica brasileira e internacional.

Santiago Vazquez

Natural de Buenos Aires, o músico de 36 anos toca bateria e percussão profissionalmente desde os 14. Já se apresentou com Dino Saluzzi, Luis Salinas e Nestor Marconi, e compõe regularmente trilhas para peças e filmes, na Argentina e no exterior. Fundador do grupo de jazz Puente Celeste, Vazquez é também diretor da orquestra de improvisação Colectivo Eterofónico, que reúne músicos vanguardistas de Buenos Aires. Em seu trabalho misturam-se estilos e influências diversas, passando tanto pelo jazz como por ritmos tradicionais e folclóricos argentinos, assim como de outras partes do mundo. Versátil, toca tabla, bateria, guitarra, baixo, piano e diversos instrumentos de percussão de países como o Marrocos, Índia e Zimbábue, assim como o berimbau brasileiro.

Heraldo do Monte

Músico de longa e reconhecida carreira, Heraldo do Monte foi um dos integrantes do legendário grupo Quarteto Novo, ao lado de Hermeto Paschoal, Theo de Barros e Airto Moreira, que marcou época ao inovar a música brasileira com improvisações. Compositor e arranjador, Heraldo toca viola, violão, viola caipira e cavaquinho. Lançou seu primeiro disco em 1960, ‘Heraldo e seu conjunto’ e já se apresentou com Dolores Duran, Michel Legrand, Zimbo Trio, Arthur Moreira Lima, Joe Pass, entre outros expoentes da música brasileira e internacional, além de participar de grandes festivais como os de Montreux, Montreal e Cuba. Foi indicado para o Grammy Latino por ‘Viola Nordestina’ e ganhou os Prêmios Sharp de 1994 e 1995.

Gonzalo Rubalcaba

Nascido no ano de 1963 em uma família de músicos, o pianista Gonzalo Rubalcaba é uma referência no jazz afro-cubano. Dono de técnica irretocável, originalidade e versatilidade que lhe renderam numerosos prêmios, entre eles dois Grammys, e diversas indicações, Gonzalo começou seus estudos com apenas nove anos de idade. Ainda na década de oitenta, excursionou pela Europa e formou sua própria banda, o Grupo Proyecto. Seu talento impressionou ícones do jazz como o trompetista Dizzy Gillespie. Ao lado do baixista Charlie Haden e do baterista Paul Motian, se apresentou no Festival de Jazz de Havana, fato que lhe abriu as portas para outros festivais maiores como Montreux e Montreal. Pelo respeitado selo Blue Note gravou diversos discos, incluindo ‘Supernova’, de 2001, vencedor de um Grammy.

Paulo Moura

Com mais de meio século de carreira, o saxofonista, clarinetista, compositor, arranjador e maestro Paulo Moura é considerado um dos maiores nomes da música brasileira. Transita com a mesma facilidade pelo popular e erudito e tem forte ligação com o jazz. Participou do histórico show de Bossa Nova no Carnegie Hall, em 1962, ao lado de Tom Jobim e Sérgio Mendes. Antes ainda, em 1956, já era reconhecido por seu virtuosismo ao criar uma inovadora técnica de sopro com a qual gravou o Moto perpétuo de Paganini no clarinete. Regeu a Orquestra de Moscou, interpretando Mozart, e foi conduzido por alguns dos principais regentes da época como Stravinsky e Leonard Bernstein. Na música popular, tocou com Elis Regina, Fagner, Milton Nascimento, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, entre muitos outros artistas de ponta. Dentre seus mais de 35 cds solos, fora incontáveis participações, destacam-se ‘Música Instrumental de raiz’, vencedor do I Grammy Latino, em 2000; ‘Mistura e Manda’ (1983); ‘Dois irmãos’ (1992), ao lado de Raphael Rabello, com o qual venceu o Prêmio Sharp de Melhor Instrumentista popular; ‘Dois panos para manga’ (2006), com João Donato; e ‘Samba de latada’, gravado em 2007 com Josildo Sá.

Adrián Iaies

Indicado três vezes ao Grammy entre 2000 e 2003, o pianista e compositor argentino Adrián Iaies tem despertado a atenção da crítica especializada internacional, que vem dedicando amplo espaço ao seu trabalho em publicações conceituadas como a revista Down Beat. Transitando entre o jazz e o tango, o músico se apresenta regularmente em turnês pelo mundo e já dividiu o palco com Ron Carter, Stanley Jordan, Toots Thielemans, Bebo Valdez, Yellowjackets, entre outros. Além de compor trilhas para cinema, dá aulas de música através de cursos regulares, clínicas e workshops pelo mundo. Criou e dirige o selo SJazz, com o qual tem aberto espaço para o jazz argentino.

Yamandú Costa

Talento desenvolvido precocemente, o gaúcho de Passo Fundo Yamandú Costainiciou seus estudos aos sete anos de idade com o pai, o também violonista Algacir Costa, e mais tarde com o argentino Lucio Yanel, radicado no Brasil. Com apenas dezessete anos já era considerado uma revelação do violão, por conta de sua primeira apresentação em São Paulo. A influência tanto dos ritmos sulistas como da música de Radamés Gnatalli, Tom Jobim, Baden Powell e Raphael Rabello resultaram em um estilo único e inclassificável, no qual há ainda espaço para o tango, a milonga e o chamamé. Com seu violão de sete cordas, tem impressionado pública e crítica pela técnica apurada e por sua interpretação visceral, que lhe renderam diversos prêmios como o Visa, em 2001, e o TIM, em 2004. Já participou de festivais no Brasil e no exterior e gravou dez discos e dois dvds, incluindo parcerias com Dominguinhos e Paulo Moura.

Tanghetto

Criado em 2001 pelo tecladista Max Masri e pelo guitarrista Diego Velázquez, o grupo Tanghetto é um dos principais nomes do movimento batizado electrotango, que une elementos da música eletrônica ao tango tradicional. Três anos antes, os dois iniciaram suas primeiras experiências com o estilo, depois que Masri regressou da Alemanha, onde conheceu a cena eletrônica local, e decidiu fundir com o tango de sua Argentina natal. Aos dois somaram-se os músicos Federico Vázquez (bandoneon), Antonio Boyadjian (piano), Chao Xu (violoncelo e erhu – tradicional instrumento chinês com duas cordas, também conhecido como violino chinês) e Daniel Corrado (bateria). O primeiro disco, ‘Emigrante (electrotango)’ foi bem recebido pela crítica e rendeu um Disco de Platina, o primeiro lugar da parada argentina e uma indicação ao Grammy Latino como Melhor Álbum Instrumental. Fazem regularmente turnês e participam de festivais em todo o mundo. Antes do lançamento do segundo disco ‘El miedo a la liberdad’, no ano passado, realizaram projetos paralelos que resultaram nos álbuns ‘Hybrid Tango’ (2004), Tangophobia Vol. 1 (2005), Buenos Aires Remixed (2005) e Electrotango Sessions (2007), em que exploram outras vertentes do estilo.

Banda Mantiqueira

Criada e liderada pelo clarinetista, saxofonista, compositor e arranjador Nailor Azevedo, o Proveta, a Banda Mantiqueira, com 14 músicos, recria clássicos da música brasileira e interpreta composições próprias, todas arranjadas para formação de big band. Jacob do Bandolim, Tom Jobim, Guinga, Cartola, Ernesto Nazareth, Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga e João Bosco são alguns dos compositores que compõem o repertório da banda, que já se apresentou nos EUA e Portugal. Participou de diversos festivais como o Free Jazz Festival, no Rio e em São Paulo, Festival de Jazz de São Francisco, nos EUA, e na Expo-98, em Lisboa. O disco de estréia, ‘Aldeia’, lançado em 1996, foi indicado para o Grammy na categoria Melhor Performance de Jazz Latino. Seguiram-se ‘Bexiga’, em 2000, e ‘Terra Amantiquira’, de 2005. Em 2004, lançaram ainda o cd ‘Orquestra Sinfônica de São Paulo e Banda Mantiqueira’, resultado dos concertos realizados com a OSESP, na Sala São Paulo, a convite do maestro John Neschling.

João Erbetta, curador

Radicado em Nova Iorque desde 2006, o produtor musical, guitarrista e compositor paulistano João Erbetta é autor de trilhas para televisão, teatro e videogames e criou o selo Monga Records, pelo qual produziu e lançou discos de artistas como a cantora Mônica Tomasi e a banda Bazar Pamplona. Em 2004, assinou a produção musical e arranjos da série ‘Violeiros e Guitarristas’, realizada no SESC Vila Mariana, em São Paulo, que reuniu Sérgio Dias, Pepeu Gomes, Heraldo do Monte, Andréas Kisser, Paulo Freire, André Abujamra, Roberto Correa e Ivan Vilela. Seu novo cd ‘The LA Sessions’, lançado em outubro passado, tem sido bem recebido pela crítica, incluindo publicações como a conceituada revista Guitar Player. O show de lançamento já passou por Los Angeles, Washington DC e Nova Iorque.

Programação

09 de março
Tango Crash – Argentina/Alemanha/Suíça
Hamilton de Holanda – Brasil

16 de março
Santiago Vazquez – Buenos Aires
Heraldo do Monte – Brasil

23 de março
Gonzalo Rubalcaba – Cuba
Paulo Moura – Brasil

30 de março
Adrián Iaies – Buenos Aires
Yamandú Costa – Brasil

06 de abril
Tanghetto – Buenos Aires
Banda Mantiqueira – Brasil

Serviço

Local: Bourbon Street Music Club ( www.bourbonstreet.com.br)

Endereço: Rua dos Chanés, 127, Moema – São Paulo

Tel.: (11) 5095-6100

Horário: 21h00

Início de Vendas:  27 de fevereiro

Cartões de Crédito: Preferimos Visa

Couvert Artístico: R$ 40,00
Valet: R$ 10,00
Patrocínio: Volkswagen e Visa


A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


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