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Por que o The Voice Kids Brasil é tão melhor que a versão adulta?


Por que o The Voice Kids Brasil é tão melhor que a versão adulta?

Talvez o fato de ser com crianças, e por conta disso ter toda a pressão externa, inclusive de Ministério Público, que as emissoras que produzem realitys infantis possuem uma preocupação e atenção bem maior se comparado às suas versões adultas. Foi assim com o Masterchef e é assim com o The Voice Brasil. A versão kids, exibida pela Rede Globo já há mais de três semanas, é infinitamente mais bem cuidada e atenta aos detalhes que a versão adulta. O resultado, como era de se esperar, é muito melhor, agradando em cheio todos os que assistem.

Tudo flui melhor: as crianças, talentosas e lindas, os técnicos, sensíveis e com boa empatia com os meninos e meninas, o apresentador, a edição, a montagem… tudo no The Voice Kids Brasil apresenta uma qualidade satisfatória.

Vamos começar então falando dos técnicos: Ivete, Victor e Léo e Carlinhos Brown. Brown, também da franquia adulta, continua sendo falastrão. Porém, se no programa noturno ele mais chateia do que entretém, na versão vespertina ele diverte, e se mostra com uma habilidade bem grande para lidar com crianças. Isso é bom, e surpreendente. Seu enorme talento pode ajudar esses meninos neste início de jornada de cada um deles.

Ivete Sangalo é outra que surpreende, mas nem tanto. Todos já sabem que a baiana é um rio de simpatia e espontaneidade, porém isso não foi suficiente para ela fazer um trabalho marcante no Superstar, outro programa que Ivete participa. Entretanto no The Voice Kids Brasil ela se encontrou, muito provavelmente por estar vivenciando esta fase maravilhosa de ser mãe de uma criança, fato que a tem ajudado muito no programa. Sensível, pontual nos comentários, consegue até mesmo fazer críticas com tanta sutileza, que chega a ser imperceptível a olho nu.

E temos também Victor e Léo, as caras novas no programa da Rede Globo. Os dois até então vem dando uma dinâmica bem ágil ao programa, com intervenções que muitas vezes substituem o trabalho do apresentador. Percebam que muitas das vezes eles que começam a interação com o candidato mirim, quando ele termina de cantar. Isso é o que falta muito na versão adulta, alguém que comece a falar, e bem.

Claro que era de esperar que a quantidade de aprovados fosse lá para as alturas. Afinal de contas, como rejeitar uma criança fofa se apresentando? Foram poucos os candidatos não selecionados, e estes, ainda assim, foram motivos para debates calorosos entre os fãs do programa nas redes sociais. Ou seja, era para todos serem aprovados. Claro que a filtragem vai acontecer a partir da segunda fase, então competição mesmo teremos só mais para frente.

Porém, o que sobressai num programa como o The Voice Kids não é a competição, não é saber quem vai vencer. Isso acaba sendo secundário. A jornada é infinitamente mais prazerosa de ver. Assistir uma garotinha cantando “A História de uma Gata” é algo de sublime para alguém sentado no sofá numa tarde de domingo.

Há de mencionar aqui, inclusive, o tremendo bom gosto das crianças ao escolherem suas músicas. Enquanto que os adultos são influenciados por todas aquelas canções superficiais vindas dos Estados Unidos, os meninos buscam no Brasil as referências musicais. E ai nós vemos de tudo: músicas regionais, MPB, sertanejo… um acervo lindo para assistir e contemplar.

Outro ponto positivo do programa é a edição. Bem construída, que mostra com muito cuidado e sensibilidade a reação dos pais ao verem seus filhos e filhas se apresentarem. Uma coisa muito bonita de se ver e que o programa acertou em cheio. Não há emoção mais verdadeira que a dos pais observando seus filhos lá, desprendidos de qualquer medo.

Quanto ao resto, ao entorno do que é central no The Voice Kids, tudo funciona: Tiago Leifert, co-apresentadoras, trilha sonora, o horário de exibição (MasterChef Junior Brasil deveria copiar isso) e tudo o mais.

Os candidatos mirins são um destaque só. 70% do sucesso do programa se deve a eles, não tenham dúvidas disto. Inocência, talento, espontaneidade… tudo isto que faz desta experiência televisa uma das mais agradáveis dos últimos anos.

Que continue assim.

Por Cabine Cultural


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