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Manu Gavassi conta detalhes do novo álbum e fala sobre feminismo


Manu Gavassi recebeu a imprensa em São Paulo para falar sobre seu novo álbum Manu, confira o bate-papo completo!

Manu Gavassi recebeu a imprensa essa semana para contar sobre o seu novo álbum Manu. Após 1 ano e meio de produção, ela foi muito divertida, falou bastante e contou vários aspectos sobre essa nova produção, parcerias atuais, inspirações, músicas preferidas, ídolos, feminismo e empoderamento.

Quem acompanha a carreira de Manu Gavassi, sabe que a cantora começou bem nova na área musical. Com apenas 16 anos ela conquistou vários fãs, em músicas com voz e violão, falando sobre amor, ilusões, projeções, assuntos típicos adolescentes.

“Fui uma adolescente bastante dramática e colocava tudo isso nas canções.”

Agora, com esse novo álbum, a cantora se mostra uma jovem mulher. Com 12 faixas todas assinadas por ela (sendo que três músicas são em parceria com Ana Caetano da dupla AnaVitória), Manu Gavassi faz uma mudança na carreira. Por ter participado de todo o processo do álbum, ela contou que Manu reflete um recomeço, um novo posicionamento e claro, um amadurecimento. Não é a toa, ela já está com 24 anos e os fãs também amadureceram junto a ela.

Podemos ver isso ao olhar a capa do álbum, Manu está nua e não choca o seu público. Aliás, não foi algo para chocar e sim para mostrar que ela é uma “menina-mulher” segura de si. Pois não há nada polêmico em posar nua e espera que seja uma influência positiva.

“Eu espero que as meninas e mulheres se sintam assim também, sem medo de ser julgadas por alguma coisa, principalmente pela aparência, por uma foto, pela maneira de se vestir, por nada. Espero que seja uma influência positiva.”

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A capa chegou até ser comparada a Revival de Selena Gomez. Ela nos contou que a capa pode até ter ficado parecida já que ambas são “clean”, mas a referência vem de um fotógrafo. E ao mesmo tempo, pode ter ficado parecida pois ela estava “respirando” Revival naquele momento.

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Dessa forma, Manu Gavassi nos conta sobre sua transição da voz e violão para a música pop. Além dos fãs que já a acompanham, ela contou que muitos fãs foram conquistados após acompanhá-la no seu último EP independente (Vício), onde já estava transitando para o pop. E também disse que quem assistiu ao seu show no Z Festival, percebeu essa transição, conquistando novos fãs que a elogiaram após esse dia. 

O álbum tem uma produção bem variada, como Manu Gavassi se envolveu em toda sua concepção, ela contou com um time de peso para criar esse universo pop. Uma parte do repertório foi produzida pela Head Media, formada por Pedro Dash e Marcelinho Ferraz (já assinaram trabalhos de Mc Guimê e Projota). Outras faixas foram produzidas por Umberto Tavares e Mãozinha (responsáveis por hits de Anitta e Ludmila). E tem uma faixa que foi produzida pelo Tropkillaz da qual ela é fã.

Sobre a composição das músicas do novo álbum, Manu diz que foi um desafio e mostram um mundo de possibilidades, seguir quem você é, abordando amor de um jeito diferente (não são mais músicas que falam do primeiro beijo, primeiro amor, primeiro relacionamento). São músicas na qual ela conversa bastante com si mesma e mostram seu amadurecimento.

Hipnose” foi a primeira composição, onde mostra que não está num relacionamento sério e também a mudança dessa jovem mulher. E “Aqui estamos nós” é a que mais a representa sobre essas mudanças vividas (tanto dela quanto da sua geração).

Aqui estamos nós / Começando a questionar / Se vivemos o momento / Ou filmamos para guardar / Aqui estamos nós / Tentando não chorar / Muito novos para crescer / Muito velhos pra mudar.

(Trecho de “Aqui estamos nós”)

Confira o nome das 12 faixas:

  1. Hey
  2. Hipnose
  3. Perigo
  4. Muito muito
  5. Me beija
  6. 23
  7. Fora de foco
  8. Mentiras bonitas
  9. Heart song
  10. Ninguém vai saber
  11. Antes do fim
  12. Aqui estamos nós

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Ed Sheeran, carreira de atriz, haters e feminismo

Para produção desse novo álbum, Manu contou que teve uma enxurrada de música pop em seu repertório durante muito tempo. Mas, agora, com o álbum finalizado, tem escutado mais música popular brasileira (Rita Lee e Caetano), a época da Tropicália.

Também nos revelou que seu grande ídolo internacional é Ed Sheeran e que se fosse possível, essa seria uma parceria musical ideal. Mas não sabe se conseguiria ficar próxima a ele, pois uma vez foi tirar uma foto ao seu lado e tremia de tanta emoção!

Quanto a carreira de atriz, ela diz que está “descansando”, mas, em breve, poderemos vê-la em um longa que será lançado no meio do ano e também em participações de um seriado que estreará no Multishow com a companhia de teatro Os Melhores do Mundo.

Mesmo diante de tantos atributos no currículo, Manu também nos contou sobre as repercussões negativas da sua carreira. No passado, ela foi acusada de ter plagiado um clipe, quando na verdade foi inspirado em um clipe internacional. E a repercussão foi tão grande que o diretor do clipe original entrou em contato com ela para uma futura parceria. (Vale dizer que o clipe foi inspirado e no mesmo havia os créditos ao clipe original!). Também comentou sobre os “haters”, que quando jovem a atingiam muito mais. Hoje em dia, com o amadurecimento, ela disse que não se importa e também não fica procurando esse tipo de comentário.

Diante desse álbum empoderado, perguntei se ela é feminista e a resposta foi afirmativa. Confira sua resposta na íntegra:

“Eu me considero sim feminista, eu acho que todas as mulheres e meninas tem que ser. Muitas vezes, as pessoas me perguntam como se isso fosse negativo, o lance disso tudo ser tão falado agora, ser uma “modinha”. Eu acho ótimo que tá virando uma “modinha”. Tá virando uma “modinha” que você consegue pegar desde as crianças, as meninas pequenas até as adolescentes e todo mundo. Acho que isso começa a entrar na cabeça de uma maneira mais natural e ai você começa a criar outros tipos de seres humanos, mulheres e homens.

Eu acho super lindo que isso está em alta, que isso está na música, que isso está em todos os lugares, que todo mundo tem acesso a esse tipo de informação e instrução hoje em dia.

E sim, eu me considero feminista e espero que esse CD passe também essa mensagem.”

Turnê

Se você quiser conferir ao vivo, Manu Gavassi entra em turnê em maio e com toda essa mudança, também terá um de show e um novo tipo de apresentação. Ela irá dançar e cantar no palco e está ensaiando bastante, pois nunca foi de dançar. Pra ela está sendo uma experiência boa, mas ao mesmo tempo, não sabe como se sairá pois nunca fez isso antes.

Confira as datas:

  • 18 de maio, Campinas, no Teatro Iguatemi;
  • 21 de maio, São Paulo, no Tom Brasil;
  • 27 de maio, Porto Alegre, no Opinião;
  • 28 de maio, Curitiba, no Ópera de Arame;
  • 04 de junho, Rio de Janeiro, no Vivo Rio;
  • 10 de junho, Belo Horizonte, no Cine Theatro.

 

Abraços Voadores,

Isis Tomie, do Elefante Voador para Midiorama.


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