press

“Guerra e Paz” em concertos da OSTM e OSB


Exposição dos painéis Guerra e Paz, de Portinari, encerramento da temporada da OSTM e dos concertos comemorativos dos 70 anos da OSB fecham programação do renovado Theatro Municipa

Em 2010, os cariocas celebraram a reabertura do Theatro Municipal e, com ela, o retorno de uma intensa programação voltada para a música clássica na cidade. No próximo final de semana a temporada será encerrada em ritmo de maratona, com quatro concertos regidos pelo maestro Roberto Minczuk, em que Orquestra SinfônicaCoro do Theatro MunicipalOrquestra Sinfônica Brasileirase revezarão no palco do teatro numa homenagem aos painéis Guerra e Paz, de Portinari, de volta ao Brasil, depois de 53 anos, para exposição e restauro – resultado de três anos de empenho do Projeto Portinari. No sábado, 18, e no domingo, 19, a Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal se apresentam às 16h e a OSB fará seus concertos às 20h, encerrando a temporada dos 70 anos.

Os programas selecionados pelas duas orquestras se complementam e fazem referência à temática da obra do pintor brasileiro, ao recriar musicalmente a antítese proposta pelos paineis, refletindo a dedicação de Portinari na luta pelos valores sociais e humanos. No comando da Orquestra Sinfônica Coro do Theatro MunicipalMinczuk regerá “War Requiem”, do compositor inglês Benjamin Britten (1913-1976), em alusão à guerra, com a participação do Coro Infantil da UFRJ e dos solistas convidados Eiko Senda (soprano), John Daszak (tenor) e Licio Bruno (baixo-barítono).  O concerto encerra a temporada 2010 do centenário. Já a OSB fará o contraponto com a execução “Sinfonia N° 9”, de Ludwig van Beethoven (1759-1805) na segunda parte de seu programa. A mais conhecida composição ocidental insere em seu desenvolvimento parte do poema “Ode à alegria”, um libelo à paz de Friedrich Schiller. A obra conjuga em harmonia texto e música e foi estruturada para as participações de um soprano, um mezzo-soprano, um tenor e um barítono como solistas, além de coro.

O desfecho da temporada marca o início do projeto Guerra e Paz, no Municipal. As maiores obras murais de Candido Portinari, os painéis Guerra e Paz foram encomendas do governo brasileiro para cessão à sede da ONU, em Nova York, onde desde 1957 estão localizados em local nobre, no hall de entrada da Assembléia Geral, mas de acesso restrito aos delegados das Nações, não podendo ser vistos pelo público ― nem mesmo durante as visitas guiadas da ONU ― por razões de segurança. Agora, no entanto, as obras poderão ser apreciadas no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre os dias 22 e 30 de dezembro, com entrada franca.

“É uma alegria o Theatro Municipal abrigar mais uma vez os paineis Guerra e Paz, uma das mais expressivas obras de Candido Portinari. O Theatro abre as suas portas para que o público possa ver de perto toda a força e beleza do trabalho do pintor que tão belamente retratou o povo brasileiro e que regressa ao país passados mais de 50 anos. Encerramos nossa temporada 2010 com chave de ouro”, comemora Carla Camurati, presidente da Fundação TMRJ.

Concerto OSTM

Uma das grandes obras do século 20, “War Requiem” foi composta em 1961 pelo britânico Benjamin Britten (1913-1976) para celebrar a reconstrução da Catedral de Coventry em 1962 – destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Além dos textos litúrgicos em latim da Missa de Réquiem – que já haviam inspirado Mozart, Berlioz, Verdi, entre outros –, Britten incluiu na obra para coral sinfônico nove poemas de guerra de Wylfred Owen, poeta inglês que lutou na Primeira Guerra Mundial. Escrita para três solistas (barítono, soprano e tenor), a composição reafirma as convicções antimilitaristas de Britten, que no lugar de glorificar os soldados britânicos, prefere expor a insensatez da guerra.

Entre os solistas, a soprano japonesa Eiko Senda, radicada no Brasil desde 1995, acumula amplo repertório lírico com destaque para os papeis principais deMadama ButterflyDon GiovanniTurandotToscaAidaOtelloFalstaffNabuco e as obras wagnerianas Tristão e IsoldaCrepúsculo dos Deuses, recebendo ótimas críticas em publicações internacionais como New York Times, revista Opernwelt e a revista francesa Ópera Internacional. Ao seu lado estará o tenor inglês John Daszak, que já se apresentou ao lado de renomadas orquestras sob a regência de Daniel Barenboim, Zubin Mehta, Kurt Masur, Sir Colin Davis, Mark Elder e Kent Nagano, entre outros destacados maestros, tanto em obras líricas como sinfônicas. O baixo-barítono brasileiro Licio Bruno, que completa o trio de solistas, é considerado um dos principais intérpretes eruditos do Brasil pela crítica especializada. Com carreira em palcos da Itália, Espanha, Alemanha, Suíça e Hungria, Licio há dez anos é artista convidado da Ópera de Budapeste. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes de 2004 e seis primeiros prêmios em concursos nacionais e dois internacionais. Em 2002, tornou-se o primeiro brasileiro a interpretar o papel de Wotan em Die Walküre, de Wagner, durante o VI Festival Amazonas de Ópera. Em 2008, celebrou 20 anos de carreira com o papel-título de Falstaff, no Palácio das Artes (BH) e Theatro Municipal de São Paulo. Em seu currículo estão as óperas A Flauta MágicaO Barbeiro de Sevilha, RigolettoI PagliacciTannhaüserAs Bodas de Fígaro, O Cientista, Romeu e Julieta, La Gioconda, Madama ButterflyeStabat Mater, entre muitas outras.

Ao reabrir as portas em maio, em seu 101º aniversário, após a mais ampla e completa reforma de sua história, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro trouxe de volta ao público carioca uma variada programação de concertos e dança clássica. Ao longo do ano, foram apresentados os balés Carmen, de Roland Petit;Parsons – reunindo coreografias consagradas e inéditas do coreógrafo americano; Don QuixoteO Quebra-Nozes, que tradicionalmente encerra a programação do ano. Além dos primeiros bailarinos do Ballet do TMRJ, estiveram em cena solistas convidados como Sabrina BrazzoRobert TewsleyAndrea Volpintesta; o brasileiro Marcelo Gomes, desde 2002 Primeiro Bailarino do American Ballet Theatre; Dorothée Gilbert, Primeira Bailarina da Ópera de Paris; Sascha RadetskyCyril Atanassoff e Marco Pierin.

Entre as óperas, encenadas ou apresentadas em concerto, a programação incluiu Il Trovatore (Verdi); Il Guarany (Carlos Gomes); a primeira audição no Rio de Janeiro de Magdalena (Villa-Lobos); Romeu e Julieta (Gounod) e Carmina Burana (Carl Orff), que levaram ao palco do TM cantores líricos convidados como a soprano italiana Chiara Taigi, a sul-coreana Sumi Jo, as brasileiras Laura de SouzaRosana LamosaGabriella PaceAlzeny Nelo; o tenor coreanoAlfred Kim e os brasileiros Atalla AyanFernando PortariAndré VidalMarcello VannucciJuremir Vieira; as mezzo-soprano russas Anna Smirnova,Oxana Kornievskaya e as brasileiras Luciana BuenoAdriana ClisLuciana Costa e Silva; o barítono italiano Enrico Marrucci e os brasileiros Homero VelhoLeonardo NeivaMurilo Neves e os baixos brasileiros Inácio de NonnoLuiz Ottavio Faria, entre outros. Na regência, estiveram à frente da Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal o diretor artístico Roberto Minczuk, o regente titular Silvio Viegas e os maestros convidados Luis Gustavo PetriLuiz Fernando MalheiroRoberto Duarte.

Concerto OSB

A primeira parte do programa da OSB será dedicada ao ciclo de canções “Lieder eines fahrender Gesellen” e “Duas canções de Des Kanben Wunderhorn”, deGustav Mahler (1860-1911), em homenagem aos 150 anos de nascimento do compositor austríaco. Assim como Beethoven, Mahlerdesenvolveu boa parte de sua carreira artística em Viena. Ambos são responsáveis por sintetizarem dois momentos cruciais da história da música clássica. O primeiro deu início ao romantismo no alvorecer do século XIX e o segundo o encerrou, esboçando o modernismo por vir. Mahler deu nova projeção ao Liedclássico e expandiu seu conceito. Seu ciclo de quatro canções escrito ainda em sua juventude, entretanto, se adéqua com perfeição à temática romântica, retratando a dor humana e sua solidão.

Após o intervalo, a OSB interpreta a Nona de Beethoven, uma das obras-primas  do compositor, apontado como o criador do Lied (canção em alemão) moderno ao incorporar a voz humana numa sinfonia em pé de igualdade com os instrumentos. A obra persegue o ideais românticos de Schiller, seguindo a crença de retorno dos homens à natureza, como caminho para a paz universal.

Além das participações da soprano Eiko Senda, da mezzo-soprano Denise de Freitas, do tenor Atalla Ayan e do baixo-barítono Russel Braun, que fará estreia no Brasil, a OSB contará com os reforços dos coros Sinfônico do Rio de Janeiro e o de crianças, este último criado em 2010 pela Sinfônica Brasileira, com regência de Julio Moretzsohn.

A trajetória artística do canadense Russell Braun reúne passagens pelo Festival de Salzburgo, no Teatro alla Scala, no Metropolitan Opera, na Ópera Nacional de Paris e turnês pelo Japão e pelo Canadá. Braun já se apresentou com a Sinfônica de Nova York e a de Calgary. Na temporada 2009-2010 estreou “Morte de Benjamin Britten” em Veneza e Viena. Em montagens operísticas, desempenhou papéis como Mercutio, em “Romeu e Julieta”, e Papageno, em “A Flauta Mágica”.

Premiada em competições internacionais no Japão e vencedora do concurso Maria Callas em 2001, Eiko Senda tem carreira consolidada em apresentações com as mais representativas orquestras do país. A soprano foi a protagonista de “Madame Butterfly”, em montagens no Municipal do Rio de Janeiro e no de São Paulo. Já Denise de Freitas encantou plateias por seu timbre “profundo e penetrante”, conforme descrito pela crítica, em interpretações de obras de Mozart, Rossini, Offenbach entre outros. Residente em Nova York e integrante do Young Artist´s Program, do Metropolitan Opera House, o paraense Atalla Ayan coleciona prêmios no Brasil e também o primeiro lugar no concurso da Ciudad de Trujillo, no Peru. Sua estreia no Municipal do Rio em 2008 com a ópera “Fidelio”, de Beethoven, foi sob a direção de Roberto Minczuk.

Temporada vitoriosa – A OSB realizou 56 concertos abertos ao público, vistos por cerca de 70 mil pessoas. No final de maio, levou à praia de Copacabana em mais uma edição do projeto Aquarius 100 mil pessoas.

A orquestra recebeu 39 solistas convidados, sendo 14 internacionais, entre eles os pianistas Leon Fleisher, que se apresentou com a orquestra em 1956, Andrei Gavrilov Kostantin Scherbakov, a mezzo-soprano Jennifer Larmore, a soprano Jessica Rivera, a trompetista Alison Balsom, e a violinista Rachel Barton Pine. Sem falar na participação de Kurt Masur, como maestro convidado e professor de uma Master Class para regentes. Masur estreou com a OSB em 1970 e neste retorno à orquestra regeu o ciclo Brahms.

A mais tradicional orquestra do país prestou ao longo do ano homenagem à sua própria trajetória. Em 17 de agosto, reviveu o programa inaugural de 1940. Issac Karabtchevsky voltou a conduzir o mesmo programa de 1974, ano da primeira turnê da OSB pela Europa. Reveladas na juventude em atuações com a orquestra, as estrelas brasileiras de projeção internacional Nelson Freire, Arthur Moreira Lima eAntônio Meneses foram também solistas convidados da temporada, que contou ainda com obra encomendada a Guilherme Bauer, em concerto dedicado à música contemporânea. Destaque ainda para o concerto denominado “Carnaval dos pianistas”, que reuniu seis pianos no palco do Municipal para executar o “Hexameron do Liszt”.

Com a série Concertos para Juventude, ampliaram-se as apresentações da OSB Jovem, destinada a formar plateias e a profissionalizar jovens músicos, enquanto que com a série Safira, a OSB reiterou a presença no circuito artístico de São Paulo.

Serviço

Serviço OSTM

Roberto Minczuk, regente

Eiko Senda – soprano
John Daszak – tenor
Licio Bruno – baixo-barítono

Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Coro Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Programa:

Benjamin Britten – Réquiem de Guerra, op. 66
Texto da “Missa pro Defunctis” e poemas de Wilfred Owen

Dias: 18 e 19 de dezembro, às 16h

Preços:

  • R$ 18 (Galeria)
  • R$ 50 (Balcão superior)
  • R$ 70 (Balcão nobre e Plateia)
  • R$ 70 (Frisas e camarotes)

Serviço OSB

Roberto Minczuk, regente

Eiko Senda, soprano

Denise de Freitas, mezzo-soprano

Atalla Ayan, tenor

Russel Braun, baixo-barítono

Coro Sinfônico do Rio de Janeiro

Coro de Crianças da OSB

Julio Moretzsohn, regente do coro

Série Ametista

Programa:

Gustav Mahler – Ciclo de Canções Lieder eines fahrenden Gesellen

Gustav Mahler – Duas canções de Des Knaben Wunderhorn

intervalo

Ludwig van Beethoven – Sinfonia no 9 em ré menor, Op. 125

Dias: 18 e 19 de dezembro, às 20h

Preços:

  • R$ 18 (Galeria)
  • R$ 60 (Balcão Simples)
  • R$ 130 (Balcão Nobre e Plateia)

À venda na bilheteria do teatro e pelo e pelo site Ticketronic (www.ticketronic.com.br) ou pelo telefone 3344-5500.

Theatro Municipal – Praça Marechal Floriano s/nº, Centro

Informações do Theatro: (21) 2332-9191/ 2332-9005, a partir das 10h.

Bilheteria: (21) 2332-9462

Classificação: Livre

Duração: 100 min

Capacidade: 2237 lugares; 456 (plateia); 344 (balcão nobre); 406 (balcão superior); 94 (balcão lateral); 624 (galeria); 100 (galeria lateral); 132 (frisas); 69 (camarotes)

Informações: (21) 2505-8383 e no site www.osb.com.br

Pagamento em dinheiro ou cartões Visa e Mastercard.

Na entrada lateral do Theatro na Avenida Rio Branco encontram-se o acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção.

Há serviço de valet gratuito.

Programação sujeita à alteração. Descontos: 50% para terceira idade, estudantes, portadores de necessidades especiais e menores de 21 anos.

A Orquestra Sinfônica Brasileira é mantida pela Vale e Prefeitura do Rio. Apoio financeiro: BNDES.


A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


Formulário de credenciamento


Instituição

Editoria

Credenciado 1

Press Kit


Galeria de Imagens

Faça o download do Press Kit


Deixe seu comentário


Envie sua matéria


Anexar imagem de destaque