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“Destroyer”, a obra-prima do Kiss, completa quarenta anos


O quarto disco de estúdio, tinha pela frente a missão de superar o êxito comercial do álbum ao vivo Alive!, de 1975

Há exatos quarenta anos, em 15 de março de 1976, o Kiss lançaria o que seria reconhecido como sua obra-prima. Destroyer, o quarto disco de estúdio, tinha pela frente a missão de superar o êxito comercial do álbum ao vivo Alive! (1975), além de mostrar que a banda seria capaz de se manter no imprevisível universo do rock. Mesmo com o hino “Rock And Roll All Nite” já estourado, a banda ainda estava provando o seu valor. Bem, sabemos que o resto é história. Até hoje o Kiss lota arenas mundo afora. Em termos de show, é sinônimo de satisfação garantida com toda a pirotecnia a que um espetáculo tem direito, além, é claro, de ser uma marca multimilionária graças a itens licenciados que vão de toy arts a caixões.

E certamente, Destroyer foi fundamental para definir o que seria do então futuro. Um álbum que, se comparado aos anteriores, soa até experimental, o que é culpa do produtor Bob Ezrin, ao conduzir e encorajar os mascarados a trabalharem novas possibilidades, nas quais, além dos riffs, foram incorporados elementos sonoros dos mais variados. Logo na faixa de abertura, “Detroit Rock City”, inspirada na melancólica história real de um fã da banda que morreu em um acidente de carro a caminho de um show do grupo, os sons não musicais, como o do motor até a batida do carro, já indicam que o disco iria muito além dos acordes rock para dar forma ao que a banda queria mostrar. Tem ainda a participação de um coral, em “Great expectations” e uma linha orquestral na balada “Beth”.

A energia, marca registrada do som dos caras já conhecida dos discos anteriores, permanecia intacta em músicas como “Flamig Youth” e “King of the Night Time World”, além da capacidade de produzir riffs memoráveis em petardos idem, como em “Shout It Out Loud” ou “God of Thunder”. Mas quem diria que com tudo isso, ainda havia espaço para músicas mais acessíveis, que hoje compõem o cancioneiro pop como “Do You Love Me” ou a já citada “Beth”, a grande responsável por colocar o disco no topo das paradas além de ser até hoje lembrada, como na série de TV “Glee”, o que foi considerado heresia por alguns.

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Como se não bastasse tudo isso, Destroyer inovou ainda com a arte da capa, idealizada pelo ilustrador Ken Kelly, em que a banda aparece como em uma HQ, praticamente heróis do rock (menos para seus detratores que acreditavam que KISS era uma sigla para Knights In Satan’s Service). Um álbum que mostrou o quanto as guitarras podem ter apelo pop e, mais ainda, como o Kiss soube tirar proveito disso para se consagrar na instituição que é.

KISS – Shout it out loud

Por Tatiana Vargas, da ZIMEL


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